O Atlético Mineiro, em uma medida ousada e estratégica, anunciou nesta terça-feira que quitou R$ 300 milhões em dívidas bancárias com o auxílio do aporte recebido da Sociedade Anônima de Futebol (SAF) no mês de outubro. O CEO do clube, Bruno Muzzi, revelou à imprensa os detalhes dessa significativa operação financeira.
Segundo Muzzi, a decisão de destinar mais da metade do montante inicial, totalizando R$ 506 milhões, para abater débitos com instituições financeiras foi importante mas ainda existe muito a ser feito.
“Chegou no nosso limite do que podíamos quitar. Pagamos 300, ainda tem cerca de 400 (milhões de reais) a pagar”.
A gestão do Atlético destacou a preocupação com os juros dessas dívidas, identificados como um dos principais fatores impulsionadores do crescimento do endividamento nos últimos anos. A priorização do pagamento desses empréstimos era clara desde o momento em que a venda das ações da SAF foi confirmada.
O montante de R$ 300 milhões pago nos últimos meses já representa uma economia considerável para o clube, estipulada em R$ 54 milhões em juros que seriam acumulados ao longo de 2024. Contudo, resta um desafio significativo, com aproximadamente R$ 400 milhões ainda pendentes em dívidas bancárias, além de outros compromissos, como cerca de R$ 300 milhões relacionados ao Profut e R$ 200 milhões referentes a processos trabalhistas.
Diante desse cenário desafiador, o Atlético planeja reestruturar seu endividamento, visando diminuir os juros e estender os prazos de pagamento. A gestão da SAF e da associação será responsável por uma atualização detalhada dos débitos do clube nos próximos meses.
Ainda que o pagamento expressivo das dívidas bancárias represente um avanço notável na saúde financeira do clube, o Atlético permanece atento aos desafios que envolvem a gestão de suas obrigações financeiras. O contexto eleitoral desta terça-feira, com a reeleição de Sérgio Coelho como presidente do clube, também destaca a continuidade da atual administração no processo de reequilíbrio econômico.
Com 75% da SAF pertencentes à Galo Holding e 25% à Associação, a gestão do clube terá pela frente a árdua tarefa de consolidar os avanços conquistados, enfrentando os desafios que persistem na busca por uma situação financeira mais estável e sustentável para o Clube Atlético Mineiro.
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