A recém-inaugurada Arena MRV, casa do Atlético Mineiro desde agosto, tem sido alvo de questionamentos quanto ao estado de seu gramado em alguns setores, levantando preocupações por parte de treinadores, jogadores e a mídia especializada.
Diante dessa situação, a diretoria do Alvinegro havia inicialmente decidido pela substituição imediata, optando pelo uso de grama sintética. No entanto, esbarrou em uma questão legal que, se não resolvida, pode adiar a mudança para o final de 2024, conforme anunciado pelo CEO Bruno Muzzi em entrevista à Itatiaia.
O impasse está relacionado ao Plano Diretor de Belo Horizonte, que determina que cada projeto ou empreendimento tenha uma área específica para infiltração de água, requisito não atendido pelo gramado sintético, que não absorve água. Diante desse cenário, o Atlético seria obrigado a compensar essa diferença em outro local.
Bruno Muzzi destacou possíveis soluções:
“Uma tentativa possível é buscar a mudança de legislação junto à prefeitura. Outra opção seria comprar uma área ao lado para agregar, só que, aí, seriam 8.000 m². Temos também a alternativa de comprovar que a grama sintética volta a mesma quantidade de água que a grama natural”.
A mudança de gramado implica aproximadamente 60 dias sem atividades na Arena, o que forçaria o Atlético a mandar suas partidas no Mineirão ou na Arena Independência durante esse período.
Apesar dos desafios, o CEO revelou que o clube já realizou orçamentos para garantir a qualidade do serviço na troca de gramado. Além disso, a redução do número de grandes shows na Arena MRV será inevitável para preservar a grama natural até que a transição seja efetivada.
Vale ressaltar que a parte do estádio com pouca exposição à luz solar tem sido particularmente afetada, apresentando uma aparência “seca e queimada”.
FLAMENGO E FLUMINENSE SE JUNTAM E QUEREM PROIBIR GRAMADO SINTÉTICO NO BRASIL
Segundo os jornalistas Gabriel Reis e Renan Moura, os dois clubes lideram movimento para proibir a grama sintética no futebol brasileiro a partir de 2025 ou 2026. Para 2024, não há mais tempo.
De acordo com eles, já há até um “dossiê” com pontos negativos do gramado sintético, alegando, por exemplo, que jogadores de ponta não atuam em gramados artificiais. Para haver a proibição, a maioria dos clubes e a CBF têm que aprovar.
A medida prejudicaria clubes que já têm grama sintética em seus estádios, como Botafogo, Palmeiras, e Athletico-PR, além do Atlético, que pretende fazer uso na Arena MRV em breve.
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