A Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) aprovou, em segundo turno, o Projeto de Lei 701/2023, que limita o custo das contrapartidas exigidas pelo Poder Público em empreendimentos na capital mineira. A proposta segue agora para sanção do prefeito e pode afetar positivamente a Arena MRV, casa do Galo, que foi vítima de abusos na gestão do ex-prefeito Alexandre Kalil.
O texto da PL estabelece que o custo máximo das contrapartidas deve corresponder a 5% do valor total do empreendimento. No caso da Arena MRV, as contrapartidas superaram a casa dos R$ 335 milhões, chegando a quase 50% do valor da obra. No cálculo do PL, elas custariam por volta de R$ 40 milhões.
As mais de 100 contrapartidas exigidas pelo poder público na Arena MRV foram alvos de discussão na CPI “Abuso de Poder”, da própria CMBH, no ano passado. Ao longo do relatório final, ficou evidente que houve o exagero de itens e valores envolvendo as medidas compensatórias que envolvem a construção da Arena MRV.
O PL recebeu 33 votos favoráveis na CMBH, e apenas sete rejeições. A proposta irá impactar nas contrapartidas que ainda estão em discussão entre a Arena MRV e a Prefeitura de BH.
O objetivo da proposição é gerar maior previsibilidade e segurança aos empreendedores que desejam construir e investir em Belo Horizonte, em relação às contrapartidas e medidas mitigadoras exigidas pelo poder público.
O projeto visa disciplinar a aplicação de medidas condicionantes, que são exigências feitas pelo poder público para mitigar ou compensar os impactos negativos de empreendimentos. Entre os principais pontos do texto aprovado, destacam-se:
1. Definição clara do que são consideradas medidas mitigadoras e compensatórias.
2. Estabelecimento de princípios para a definição das condicionantes, como pertinência, previsibilidade, estímulo ao desenvolvimento econômico e proporcionalidade.
3. Limitação do valor das condicionantes a 5% dos custos totais do empreendimento em casos de interesse social e utilidade pública, salvo exceções específicas.
4. Preferência para que as medidas compensatórias sejam aplicadas na área de influência do empreendimento.
De acordo com a vereadora Fernanda Pereira Altoé (Novo), autora do projeto de lei, o abuso nas contrapartidas das obras da Arena MRV não teria ocorrido caso a nova PL já existisse na época das obras.
Fernanda Pereira Altoé citou exemplos de abuso nas contrapartidas da Arena MRV.
A vereadora acredita que, com o novo projeto de lei, contrapartidas da Arena MRV que ainda não foram iniciadas podem ser revertidas:
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