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RUBENS MENIN REVELA “FARRA DO BOI” E VALOR ESCANDALOSO NO ATLÉTICO-MG

Rubens Menin revelou valor inacreditável que gestões anteriores gastavam no Galo

Gestor da SAF do Atlético, Rubens Menin participou nesta terça-feira (1) do evento Imersão Indústria, da Fiemg, no Minascentro, em Belo Horizonte, e relembrou o que chamou de “farra do boi” no clube em gestões anteriores.

Segundo o empresário, acionista do Galo a partir da instituição da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) atleticana em novembro de 2023, também será possível um superávit no clube em 2024 após anos de déficits ou contas apertadas.

Ao falar sobre gastos abusivos em gestões anteriores do Atlético, ainda no modelo de associação, Menin relembrou o alto custo em viagens, logística e operação.

“A delegação ia com 55 pessoas com um cartão de crédito. Acabava o jogo, a festa depois do jogo era melhor de tudo do jogo. Pessoal ia para a festa, ‘tem whisky aí, vou levar’. Você não imagina as contas, Cruzeiro devia ter isso também, que você tinha que pagar da festa da delegação depois do jogo. Isso tinha no futebol, ganhando ou perdendo tinha festa, cartão corporativo”.

“Quando a gente entrou para o futebol, a gente levou um susto. Tinha muito mato alto para cortar e foram cortados porque se não for não fica de pé. Pessoal do futebol era totalmente irresponsável, porque faziam as contas porque não tinham obrigação de pagar. Isso que está falando de diretor, sub diretor, estilo futebol, estava alastrado no futebol”.

“Mas vejo o lado bom, porque feito isso falei que vamos ter um superávit no Atlético este ano. Vou falar um número para você de quanto que era a ‘farra do boi’ que vocês não vão acreditar: R$ 120 milhões por ano em um orçamento de 500 milhões. A farra do futebol, que era aquilo que as pessoas sabiam que era certo, que tinha que fazer, no Atlético era R$ 120 milhões por ano”.

Rubens Menin, gestor da SAF do Atlético-MG
Divulgação

O QUE GALO FEZ COM ESSES R$ 120 MILHÕES? RUBENS MENIN REVELA:

O gestor da SAF do Atlético-MG, Rubens Menin revelou o que fez com esses R$ 120 milhões da “farra do boi” que foram cortados de gestões anteriores:

“Cortamos 120 milhões, passamos a investir esse dinheiro no futebol, que é a nossa indústria. Com esse dinheiro que ia para jantar, viagem, para tudo, se passou a ter um time competitivo, que é o nosso negócio. Futebol hoje é muito difícil, tem 12 times competitivos, então sua chance de ganhar uma competição é 10%, baixa, mas estamos competindo. Por que? O dinheiro é canalizado, recursos são canalizados para a coisa certa, futebol”.

“Essa farra que tinha, não é mérito do Atlético nem do Cruzeiro, era todo futebol brasileiro, era uma bagunça generalizada, cheio de sanguessuga que vivia às custas do futebol, sem dinheiro, sem compromisso e levou o futebol brasileiro para onde está”.

“Tem casos, um dia dá vontade de escrever um livro contando os casos que sei do Atlético e outros times, são casos inacreditáveis, que mostram total falta de compromisso. E graças a Deus a gente passou por cima disso, não podemos relaxar, mas acho que essa fase passou, não só o Atlético, tenho certeza que o Cruzeiro com a gestão do Pedrinho e outros times do Brasil que viraram empresa com gestão e responsabilidade”.

Rubens Menin, gestor da SAF do Atlético-MG
Pedro Souza/Atlético-MG