O Atlético quer ter a presença do torcedor na partida diante do Juventude, na terça-feira (26), pela 36ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro. Esse será o último compromisso alvinegro antes da final da Copa Libertadores, no sábado (30), contra o Botafogo, em Buenos Aires.
O Galo fez o pedido junto à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para a liberação de público no Independência. Entretanto, há certo pessimismo quanto à medida, já que o pleno se reúne para dar o veredito na quinta-feira (28), dois dias após o duelo contra o Juventude, que será na terça-feira (26).
O Atlético contratou um escritório de Brasília para tentar acelerar a resolução do caso. A realocação do duelo para a Arena MRV, entretanto, não deve ser possível.
ATLÉTICO É CITADO EM TRÊS ARTIGOS PESADOS E PUNIÇÃO PODERÁ CHEGAR A 10 JOGOS
A Procuradoria do STJD denunciou o Atlético pelos episódios registrados na final da Copa do Brasil, na Arena MRV. O documento tem 21 páginas e seis denúncias diferentes contra o clube. O pedido exige punições severas, que podem chegar à perda de 10 mandos de campo e uma multa de R$ 1,2 milhão. O estádio do Galo está interditado desde a semana passada.
O documento foi protocolado no dia 18 de novembro e aguarda o deferimento por parte do Tribunal para que o julgamento seja marcado.
O clube foi citado nos arts. 213, 211 e 243.
O que diz cada um:
Art. 213. Deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir:
I — desordens em sua praça de desporto;
II — invasão do campo ou local da disputa do evento desportivo;
III — lançamento de objetos no campo ou local da disputa do
evento desportivo.
PENA: multa, de R$ 100,00 (cem reais) a R$ 100.000,00 (cem mil reais).
§ 1º Quando a desordem, invasão ou lançamento de objeto for de elevada gravidade ou causar prejuízo ao andamento do evento desportivo, a entidade de prática poderá ser punida com a perda do mando de campo de uma a dez partidas, provas ou equivalentes, quando participante da competição oficial.
Art. 211. Deixar de manter o local que tenha indicado para realização do evento com infra-estrutura necessária a assegurar plena garantia e segurança para sua realização.
PENA: multa, de R$ 100,00 (cem reais) a R$ 100.000,00 (cem mil reais), e interdição do local, quando for o caso, até a satisfação das exigências que constem da decisão. (NR).
Art. 243-G. Praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência: (Incluído pela Resolução CNE nº 29 de 2009). Multa de R$ 100,00 (cem reais) a R$ 100.000,00 (cem mil reais).
§ 2º A pena de multa prevista neste artigo poderá ser aplicada à entidade de prática desportiva cuja torcida praticar os atos discriminatórios nele tipificados, e os torcedores identificados ficarão proibidos de ingressar na respectiva praça esportiva pelo prazo mínimo de setecentos e vinte dias. (Incluído pela Resolução CNE nº 29 de 2009).
GALO TOMOU PREJUIZO POR NÃO TER A SUA CASA E NEM SUA TORCIDA. VEJA OS NÚMEROS
Com público zero diante do Botafogo, naturalmente, o Galo não teve receitas de bilheteria no confronto pelo Brasileirão. O boletim financeiro disponibilizado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) detalhou as despesas da operação alvinegra no Horto. O documento comprova que o Atlético pagou R$ 100 mil ao América pelo aluguel do campo – o maior custo do Galo na partida. As outras principais despesas estiveram relacionadas à arbitragem (cerca de R$ 54,4 mil), segurança privada (R$ 9,4 mil) e limpeza e conservação (R$ 9,3 mil).
O total das despesas, conforme borderô, superou a casa dos R$ 205 mil. Veja o detalhamento na lista abaixo.
Atlético 0 x 0 Botafogo: boletim financeiro da partida no Independência:
Público: zero
Receita: zero
Despesas: R$ 205.725,22
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