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ATLÉTICO-MG ENCONTRA SOLUÇÃO DO MAIOR PROBLEMA DESTA TEMPORADA. VEJA OS DETALHES!

Galo encontra solução para resolver um problema que incomoda muito o torcedor atleticano na Arena MRV

O Atlético se aproxima de um passo importante para solucionar “dor de cabeça” na Arena MRV. Desde que foi inaugurado, em agosto do ano passado, o estádio apresenta deficiência na acústica, percebida na reverberação do canto da torcida.

Após alguns meses de trabalho com profissionais especializados no assunto, a Casa do Galo começa nos próximos dias a instalação de novas telhas capazes de aumentar a reverberação do barulho da Massa Atleticana.

Durante o processo, foi construído uma câmara em uma das salas da Arena MRV, totalmente preparada para ser realizados os testes e reproduzir o som da torcida, identificar os campos de atuação, implementar medidas e avaliar o efeito causado por elas. O trabalho foi conduzido pela equipe do engenheiro Marco Antônio Vecci, professor e coordenador do Laboratório de Dinâmica e Acústica Estrutural da UFMG.

“Há mais ou menos cinco meses, contratamos um estudo, em função desta deficiência detectada. É um estudo extremamente técnico, que demanda tempo. Estamos na fase final dos ensaios. Construímos uma câmara. Levamos para dentro dela protótipos, que são réplicas da cobertura, e os modificamos para entender os efeitos”

Carlos Antônio Pinheiro, Diretor de Engenharia do Atlético, a rádio Itatiaia.
Divulgação/Atlético-MG

Diversos materiais foram testados em busca de uma solução para a reverberação do som e que não comprometesse a comunidade do entorno, mantendo a faixa de decibéis exigida dentro da Arena MRV, conforme regem as exigências das condicionantes do licenciamento. A nova estrutura também não impactará de forma negativa na qualidade sonora dos shows.

Divulgação

GALO ENCONTROU A SOLUÇÃO DA ACÚSTICA!

A solução adotada será a instalação da chamada “telha trapezoidal lisa”, em aço 4mm e sem perfuração por cima da telha já instalada no teto do estádio, que possui furos. Assim, o resultado a ser obtido é de potencializar e manter o som produzido nas arquibancadas dentro da própria Arena. Importante ressaltar que não haverá retirada de nenhuma das camadas da cobertura que já está instalada.

Divulgação

Em um primeiro momento, a telha lisa, sem perfuração, será instalada na cobertura do setor sul da Arena MRV (setor que fica a torcida organizada da Galoucura). A ideia é de que a implementação de cerca de 20 mil m² esteja concluída no início de 2025. Assim, nesta etapa inicial, será possível obter resultados dessa modificação e acionar novas etapas do projeto de melhoria da acústica da Casa do Galo!

“Partimos de um princípio básico de tamponar os furos. É como se este estádio fosse a céu aberto. Com estes furos, a cobertura absorve o som da torcida e não o devolve para o gramado. Tamponá-los vai melhorar a reverberação, devolvendo mais som para o gramado e enchendo o estádio com o grito da torcida”

Carlos Antônio Pinheiro, Diretor de Engenharia do Atlético, a rádio Itatiaia.
Divulgação

SOM DA TORCIDA NA ARENA MRV VAI AUMENTAR AINDA MAIS!

Contratado para resolver o problema, o professor de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais, Marco Antônio Vecci, afirma que haverá um aumento importante da reverberação do estádio do Galo e assim ampliando mais o som da torcida.

“Quando o som retorna para o público, a tendência é aumentar muito mais. Quando a pessoa vê a voz sendo ampliada naturalmente, ela sente isso e a tendência é se entusiasmar e se manifestar muito mais. Vamos aumentar de 5 a 8 decibéis, o que corresponde a cerca de 70% do que temos hoje”

Marco Antônio Vecci, professor de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais, a rádio Itatiaia
Reprodução/Itatiaia

O ATLÉTICO TERÁ QUE JOGAR EM OUTRO ESTÁDIO POR CAUSA DESSAS MEXIDAS NA ARENA MRV?

Ainda de acordo com ele, a expectativa é que o processo seja finalizado no início de 2025. A ideia inicial é medir o efeito que o “novo teto” vai proporcionar no estádio como todo, para assim avaliar se o trabalho será estendido por toda cobertura do estádio.

Carlos Antônio ainda afirma que, caso o processo seja ampliado, não impactará a agenda do Galo, pois acontece de forma independente e sem a necessidade de interrupção das partidas no local, uma vez que o trabalho é realizado por alpinistas.

Rodney Costa/OTempo