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DENUNCIA GRAVE SOBRE APROPRIAÇÃO INDÉBITA DE EX-DIRETOR DE ALEXANDRE KALIL NA ÉPOCA DO GALO

Carlos Fabel foi braço direito de Kalil na gestão do Galo e permaneceu no clube na administração de Daniel Nepomuceno e no primeiro ano de Sette Câmara

Após investigação, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) ofereceu denúncia contra o ex-diretor do Atlético, Carlos Fabel, por apropriação indébita. Na ação, o MP pede que ele devolva R$ 4 milhões aos cofres do Galo.

Com base em uma investigação de pelo menos dois anos, Carlos Fabel foi denunciado por uma conduta que o Ministério Público considerou criminosa. Já o Atlético é vítima na ação.

A apuração foi conduzida pela Promotoria Criminal de Belo Horizonte e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), considerado o grupo de elite do MP para combater o crime organizado.

Os promotores analisaram dossiês e auditorias técnicas feitas pelo próprio Atlético nas finanças do clube. O processo está sob sigilo, mas fontes da Itatiaia confirmaram que Carlos Fabel já foi denunciado. A possibilidade da ocorrência de outros crimes e a participação de mais pessoas não está descartada.

O MP identificou ações com suspeita de caráter criminoso na atuação profissional de Carlos Fabel durante o período de dez anos em que trabalhou no Atlético.

Carlos foi contratado em 2009 na gestão do então presidente Alexandre Kalil. Com posição de destaque na alta cúpula do Galo, Fabel era considerado o braço direito de Kalil quando o assunto eram as finanças do clube alvinegro.

Fabel permaneceu no Atlético entre junho de 2009 e janeiro de 2019.

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Durante esses dez anos, Fabel foi diretor financeiro de três gestões: Alexandre Kalil (2009 a 2014), Daniel Nepomuceno (2015 a 2017) e Sérgio Sette Câmara (em 2018).

VALORES RECEBIDOS POR FABEL NA GESTÃO DE KALIL ERAM CONSIDERADOS FORA DA REALIDADE

Um ponto considerado pelo Ministério Público de Minas Gerais foi a progressão salarial de Carlos Fabel enquanto diretor financeiro do Atlético, principalmente na gestão Alexandre Kalil, que contou com ele praticamente todo o tempo.

Contratado em 2009 com salário de R$ 18 mil bruto recebido como pessoa jurídica, Fabel já estava com vencimentos de R$ 40 mil líquidos em 2013, algo dentro do valor de mercado.

O problema é que Fabel, braço direito de Kalil, recebeu valores muito superiores a esses, sendo que, em determinado momento, tinha notas pagas para até três razões sociais diferentes, todas ligadas a ele.

Em todo o ano de 2011, foram pagos a Fabel R$ 673 mil. Os recebimentos apresentaram um aumento significativo a partir de 2012, quando o clube pagou a ele, em valores da época, R$ 1,6 milhão.

Mas não parou por aí. Em 2013, quando o Atlético venceu a Copa Libertadores, Fabel recebeu R$ 3,8 milhões em notas comprovadas. No ano seguinte (2014), o valor chegou a quase R$ 3,7 milhões.

ATLÉTICO SE MANIFESTA SOBRE INVESTIGAÇÕES DO MINISTÉRIO PÚBLICO:

A respeito da denúncia oferecida pelo Ministério Público, o Clube Atlético Mineiro reafirma seu compromisso em colaborar com as autoridades competentes na apuração dos fatos, que se referem exclusivamente às gestões ocorridas entre 2009 e 2018.

O Clube segue firme em sua missão de manter uma administração responsável e transparente, em benefício de seus associados e torcedores.

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