O chamado “caso das criptomoedas”, que envolve o meia-atacante Gustavo Scarpa, do Atlético-MG, e o centroavante Willian Bigode, do Santos, ganhou mais um capítulo nesta quarta-feira (22).
Em decisão proferida no último dia 20 de maio por Wendelson Pereira Pessoa, juiz da 1ª Vara Federal Cível e Criminal da Seção Judiciária do Acre, foi informado de que as pedras de alexandritas da operadora de criptomoedas Xland não têm valor suficiente para cobrir o prejuízo de R$ 6,3 milhões sofrido por Scarpa no golpe.
O malote com as pedras está retido em uma caixa de segurança em São Paulo. Eram elas as garantias da empresa, apresentada aos jogadores pelo atacante Willian Bigode, do Santos. São 20 kg de uma das pedras mais caras atualmente.
A empresa apresentou um laudo dizendo que o mineral valia R$ 2,5 bilhões, mas gastou apenas R$ 6 mil para comprá-lo. O valor já era considerado irreal por especialistas. Scarpa e Mayke, do Palmeiras, foram vítimas do golpe, depois de ambos investirem por indicação de Bigode. Enquanto tentam recuperar o valor perdido, os dois pedem na Justiça o bloqueio de 30% dos salários do atacante
Willian Bigode segue como réu no processo. Além da empresa do atacante, a WLJC Consultoria e Gestão Empresarial, sua esposa e sócia Loisy Coelho e a outra sócia Camila Moreira de Biasi Fava, também foram citadas rés.
SCARPA DISPAROU E IRONIZA DECISÃO DA POLÍCIA FEDERAL
O jogador do Atlético-MG, Gustavo Scarpa, se manifestou nas redes sociais em relação ao processo envolvendo as criptomoedas e o ex-colega Willian Bigode, nesta quarta-feira. O meia do Galo ironizou o fato da Polícia Federal ter concluído que as pedras de alexandria apresentadas pela empresa Xland não têm valor para garantia no processo:
“Para a surpresa de 3 pessoas. Os responsáveis por tudo isso *hão* de me pagar. Vou até o final – escreveu Scarpa nas redes sociais.”
Gustavo Scarpa, meia do Atlético-MG
CASO POLÊMICO GANHA NOVO CAPÍTULO!
A disputa judicial entre o meia Gustavo Scarpa, do Atlético-MG, e o atacante Willian Bigode, do Santos, pode estar se aproximando do fim.
Em nova movimentação no processo, Willian propôs uma nova opção para Scarpa receber de volta os R$ 6,3 milhões que perdeu em investimentos em criptomoedas feitos na operadora Xland.
De acordo com a defesa de Bigode, a própria Xland publicou em suas redes sociais que possui ativos em criptomoedas junto à empresa norte-americana FTX, tendo colocado ativos digitais de seus credores junto à companhia estrangeira.
Recentemente, a FTX anunciou que recuperou US$ 16,3 bilhões (R$ 83,92 bilhões) para ressarcir clientes que sofreram perdas com o colapso da exchange, ocorrido em novembro de 2022.
Como deve pagar US$ 11 bilhões (R$ 56,63 bilhões) aos seus credores, a FTX teria ainda US$ 5,3 bilhões sobrando (R$ 27,29 bilhões).
A defesa de Willian salienta que a quantia é “suficiente para quitar todos os seus débitos e ressarcir todos os seus clientes”, inclusive os que foram lesados no caso da Xland.
Com isso, os advogados do atleta do Santos pedem que a Justiça emita um ofício à corretora estrangeira, de forma que os norte-americanos informe a extensão dos ativos que Xland mantém na plataforma de investimentos.
Quando tiver a resposta, a defesa de Bigode requer que seja determinado arresto dos valores, de forma a pagar os prejuízos que Gustavo Scarpa e o próprio Willian sofreram, além do lateral-direito Mayke, do Palmeiras.
Em decisão proferida na última quarta-feira (22), o juiz Danilo Fadel de Castro, da 10ª Vara Cível do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), intimou Scarpa e deu prazo de cinco dias para que o meia do Atlético-MG responda se aceita os termos propostos por Bigode.
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