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Divulgação/Atlético-MG

POLÊMICA DA ACÚSTICA DA ARENA MRV É QUESTIONADA PELOS ATLETICANOS E SOLUÇÃO JÁ TEM PRAZO PARA ACONTECER

Torcedores do Atlético reclamam que os cânticos não são ouvidos em partes do novo estádio do Galo, e Bruno Muzzi fala em possíveis soluções para a situação da acústica na Arena MRV

Os torcedores atleticanos reclamaram bastante por causa da acústica da Arena MRV, após o empate do Galo contra o Cruzeiro. De acordo com o projeto do estádio, a cobertura da Arena foi calculada para atender as exigências do processo de licenciamento da Prefeitura de Belo Horizonte. A orientação é que fosse mantido, dentro do estádio, uma quantia específica de decibéis. Por isso, foi instalada a lã de rocha, que é um isolante térmico e acústico.

Entretanto, nas redes sociais, a reclamação sobre a acústica da Arena MRV foi maciça entre os atleticanos, o que foi motivo de zoação dos rivais. No X, antigo Twitter, os torcedores não pouparam a acústica da Arena MRV.

A culpa não é da torcida, a acústica é horrível, não chega o som em lugar nenhum, isso só existe na Arena MRV”,

escreveu um torcedor do Atlético.
Foto: Pedro Souza/Atlético-MG

O engenheiro Betinho Marques no portal O Tempo, falou que o problema técnico enfrentado pela acústica do estádio é que o som não reverbera internamente como o esperado.

A Arena conseguiu que o som não atingisse a comunidade, mas não conseguiu que esse som propagasse da maneira devido dentro do ambiente de jogo. O som é absorvido pela estrutura e não reverbera, como deveria ser. Seria como um espelho, o som batesse e voltasse para o ambiente interno”,

Betinho Marques

DIRIGENTE DO ATLÉTICO FALA SOBRE ACÚSTICA DA ARENA MRV E QUAL SOLUÇÃO O CLUBE PRETENDE FAZER

CEO do Atlético, Bruno Muzzi, entrevistado ao Site no Ataque, falou sobre a situação da acústica da Arena MRV que está sendo reclamada bastante pela torcida do Galo:

A questão da acústica. Primeiro, gostaria de enfatizar que a cobertura da Arena MRV foi trabalhada, estudada, calculada para atender as exigências do processo de licenciamento que exigia que a gente mantivesse um número específico de decibéis dentro da arena. E a gente está fazendo isso exatamente conforme foi planejado”

Bruno Muzzi, CEO do Atlético-MG
Foto: Pedro Souza/Atlético-MG

Apesar disso, o Atlético entende que ainda há espaço para melhora na sonorização da Arena MRV. Para isso, o clube pretende instalar equipamentos e iniciar um projeto para reverberação maior do barulho. Isso, no entanto, não foi detalhado por Bruno Muzzi:

A gente está atuando em duas frentes. Então, a arena está pronta, está entregue, funcionando. Agora, nós vamos trabalhar em outras alternativas. Por exemplo: a sonorização da arena. A gente tinha um projeto de sonorização, que obviamente com a limitação de recursos, fez metade dele. Agora, acabamos de assinar um contrato, e a gente vai fazer um pouco mais. Vamos colocar mais 20 subwoofers (aparelho de reprodução sonora desenvolvido para reproduzir as frequências mais baixas do som) ali, graves de alta performance para poder melhorar a pressão sonora em shows e também nos dias de jogos. E a gente está trabalhando também em uma nova concepção para poder tentar reverberar um pouco mais do barulho ali para dentro. Então, está tudo planejado, dentro do script”.

Bruno Muzzi, CEO do Atlético-MG

QUANDO O PROBLEMA DA ACÚSTICA PODERÁ SER RESOLVIDO?

O Atlético vem trabalhando com a necessidade de correção da reverberação do som para o ambiente interno. Fontes ligadas ao clube já revelaram que o processo para solucionar a questão, iniciado em fevereiro, possui prazo para ser executado até novembro. Oficialmente, o clube alvinegro garante que está estudando alternativas para melhorar a acústica da Arena MRV.

Foto: Pedro Souza/Atlético-MG